É claro que pode, e é o que acontece em 80% das vezes. Isso não é resultado apenas da escasses monetária, mas antes, de uma evolução com material que foi ficando (não existe amor como o primeiro!), quando na base de tudo estiveram os 10m.Depois de toda uma aprendizagem com determinado equipamento, por vezes é difícil partir para outra opção e deixar ficar a um canto algo que nos diz bastante.Sendo leigo na matéria, começo por questionar: uma "qualquer" arma usada em 10mt p.ex. pode também ser usada para FT com as devidas alterações?
Pode pegar-se em versões base de uma LG400, uma F800x, uma LG110,...., e adaptar para FT? Ou convém pensar em modelos específicos para FT como seja a FTP900 aqui já referida? O inverso também é possível?
Qual é a potência recomendada? 16, 20 ou mais joules ou menos? Ja verifiquei que existem modelos/marcas com modelos específicos para FT com 16 e 20j.
Que mira "mínima" recomendam? aumentos, abertura, marca,...?
Pode sempre pensar em escolher um modelo criado para a modalidade, pois agora existem várias possibilidades de escolha. A algum tempo atrás a oferta não era tão vasta.Na marca Steyr (só para dar um exemplo concreto) a modificação mais importante no modelo LG110, é o regulador, e o passo das estrias do cano, que varia consoante a modalidade (também o comprimento dos canos, os pesos e as miras, mas a base é sempre a mesma).
A potencia recomendada seria inferior aos 24 joules permitidos pela lei, mas actualmente, a maioria dos atiradores está nos 16 joules, que é referenciado como a classe internacional. Contudo, existe também a classe dos 24j; e as springuer, de cano fixo ou de quebrar o cano.Na maioria destas armas de mola, o mais indicado mesmo são os 16 joules, que permitem maior precisão e não ameaçam as miras a usar. Se bem que as de quebrar o cano, de toda a vida, surgem no mercado a debitar mais do que deviam.
No capitulo das miras temos pano para mangas...pessoalmente, indico como mínimo uma graduação 8-32 para o ft (nomeadamente para as de mola, já que as de quebrar o cano nem sempre tem espaço para miras acima disso). De resto, quanto maior a ampliação, melhor.Pode parecer disparate, mas é normal gastar mais dinheiro numa boa mira que na arma. Tanto quanto sei, a esmagadora maioria das miras frequentes no mercado,as de preço mais acessível, são todas produzidas na China (algumas com nomes de marcas conceituadas, mas a origem é a mesma, só muda o nome). As marcas conceituadas e dignas de crédito, começam nos €1.000 e podem subir até valores de levantar cabelos...mesmo dos carecas! Com fabrico na China podem-se encontrar igualmente boas miras, mas voltamos ao ponto de partida... os valores disparam.Não é de espantar custarem na ordem dos €600 as que têm alguma credibilidade.Daí para cima, é só escolher e rezar para não ser um tiro no escuro.Se ler alguns tópicos mais antigos, vai encontrar marcas e modelos já indicados pelos foristas, noutras alturas, pois isto é recorrente por aqui.
Uma caminhada começa com o 1º passo; sem equipamento não existe atirador. Eu considero que é mesmo muito fácil a aprendizagem e a adaptação à modalidade, pois na origem de tudo, esteve a ideia de recriar uma actividade (proibida em Portugal) que é a caça com armas de ac. A legislação criada para tornar a modalidade federada, não é nada de mais, pois até existe a licença TAC, que torna tudo muito simples e menos oneroso. De salientar que, tendo o apoio de alguém já praticante, em pouco tempo quererá praticar, competindo, pois atirar sozinho é possível e até bastante satisfatório, mas o desafio presente na competição, torna tudo bem mais especial. Não sou eu só que o digo, é o normal.A questão que se coloca no final é, para quem tem apenas 1% de conhecimento no FT, é relativamente fácil a aprendizagem e adaptação à modalidade?
Como de costume fiz um testamento...peço desculpa por isso.